domingo, 12 de setembro de 2010

O pensamento vivo de Chaplin


Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não
pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar a todos se
possível , judeus, gentios... negros... brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos não são assim.
Desejamos viver a felicidade do próximo não para seu infortúnio. Por que temos de
odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é
boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém, desviamo-nos
dele. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do
ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticídios.
Criamos a época da produção veloz, mas nos sentimos enclausurados dentro
dela. A máquina, que produz em grande escala, tem provocado a escassez. Nossos
conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis.
Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos
de humanidade; mais do que de inteligência, precisamos da afeição e doçura! Sem
essas virtudes, a vida será de violência e tudo estará perdido...
(Discurso proferido no final do filme O Grande Ditador )
O que você acharam desse texto? Concordam com esse discurso?

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