sábado, 25 de setembro de 2010

Lendo o livro: o mercador de Veneza




Bassânio, um nobre veneziano que perdeu toda sua herança planeja casar-se com Pórcia, uma bela e rica herdeira. Seu amigo Antonio concorda em lhe emprestar o capital necessário para que ele viaje até Belmonte, no continente, onde vive Pórcia. Como Antonio é um mercador, toda a sua fortuna está investida numa frota de navios mercantes que navegam em águas estrangeiras. Ele então faz um empréstimo junto a Shylock, um agiota que concorda em emprestar o dinheiro, desde que Antonio empenhe uma libra de sua própria carne como garantia. Quando Bassânio chega a Belmonte, descobre que para ganhar a mão de Pórcia terá que se submeter a um teste envolvendo três arcas, deixado pelo pai da moça antes de morrer e ainda recebe a noticia que os barcos de Antonio naufragaram e ele perdeu toda sua fortuna, estando sua vida, agora, nas mãos de Shylock.

Livros que li no mês de setembro!














sábado, 18 de setembro de 2010

As diferenças da língua falada e língua escrita

As diferenças entre Fala e Escrita
sobre Redação Por Equipe Aprovação Vest
aprovacaovest@algosobre.com.br

Publicidade Sabemos que o meio de expressão de todas as línguas humanas é o som produzido pelo aparelho fonador. Mas a maior parte delas, no entanto, possui um segundo meio de expressão: a escrita. Sua origem é o Oriente Médio, há cerca de 5 mil anos, e, como meio, ligou-se desde o início à prática dos desenhos; apesar disso, há inúmeras línguas no mundo que não dispuseram e nem dispõem de registros com caracteres impressos e significativos.

A necessidade da escrita parece ligar-se ao grau de complexidade das culturas humanas. E, em algumas culturas fundamentalmente fechadas, onde é possível preservar o conhecimento do grupo transmitindo-se oralmente, de geração para geração, toda a substância essencial da memória, não há necessidade da escrita. No entanto em nossa cultura, heterogênea e aberta, registrar por escrito os fatos é valor fundamental para preservação futura.

Apesar de haver correlações entre fala e escrita, o ato de escrever é muito diferente do ato de falar. E a grande diferença reside essencialmente no fato de o interlocutor estar presente na hora da fala e ausente no momento em que escrevemos. Como localizar para quem escrevemos? Quem nos lerá? De que modo seremos interpretados e... será mesmo que nossa mensagem pôde ser decodificada?

Quando falamos, qualquer problema na interpretação ou compreensão pode ser imediatamente retomado e solucionado através de uma interrupção de quem nos ouça; além do que, quando conversamos ou somos ouvidos, outros componentes da "fala" formam um ambiente propício: gestos, expressões faciais, tons de voz que completam, modificam, reforçam o que dizemos.

Mas, no momento de escrever, falta-nos tudo isso. No vestibular, por exemplo, assim que entregamos nossa redação, ela estará longe de nós e já não poderemos complementar idéias truncadas (ah, professo1; aí nesse lugar eu quis dizer isso...), nem introduzir nossos gestos, nosso tom de voz, enfim, nossas famosas "caras e bocas" de quando falamos, falamos, falamos...

Um diálogo a distância...
Quando nosso texto nos escapa das mãos, ele vai sozinho e nos representará. É, também, uma espécie de diálogo a distância, leva, de qualquer forma, a nossa mensagem, a maneira como enxergamos o mundo, os outros e os fatos. Por isso, é sempre bom lembrar, quando escrevemos, que ao colocar idéias no papel temos que nos colocar também no lugar do outro, o nosso leitor. Somos claros? Temos dificuldades em nos expressar? Nossos argumentos são frágeis?

O leitor não deverá ter dificuldades em nos compreender e, caso tenha, a comunicação ficará truncada1, com conseqüências trágicas para nós.

Planejar o texto, eis a questão
A fim de expressar-se claramente na escrita, acostume-se a planejar o texto (esquematizar o que pretende escrever) e reescrevê-lo até que as idéias estejam perfeitamente claras, compreensíveis. Pergunte a si mesmo, colocando-se no lugar do leitor, se o texto está claro e se traduz seu pensamento.

Tenha paciência com você: um bom texto não vem ao mundo de uma hora para outra... Outra coisa: escrever não é meramente transpor a fala para o papel. Observe:

Texto I (falado)
"Ela tava ali, lindinha e nos conformes, cara... Fiquei olhando, imaginando um jeito de dize!; bem, você sabe, né? De dizer aqueles negócios que fico pensando sem ela. Era hora, agora, vou lá, dou uma chavecada nela, buzino umas no ouvidinho dela, tá na minha... Bom, tava faltando coragem, puxa, foi me dando um frio, uma coisa, um estado... Virei as costas, meu irmão, e me mandei... "


Texto II (escrito)
"Digo a você que ela estava lá, diante dos meus olhos. Perfeita. Olhei-a imaginando um jeito de dizer o quanto era importante para mim, dizer o que pensava dela quando estava a sós comigo mesmo. Pensei ser a hora certa, conversa1: Mas me faltou coragem. Fugi."
Como você pode observar, há características peculiares de um texto escrito. Ele deve se apresentar como um todo semântico, com as partes bem amarradas, desprovido das marcas de oralidade tais como repetições, pausas, inserções, expressões vulgares ou continuativas.

A língua escrita parece pertencer a um outro universo, embora consigamos registrá-la facilmente. Há concordâncias, regras; além do que uma outra exigência da escrita é sua apresentação formal: os parágrafos devem começar a uma distância certa da margem e com letra maiúscula; as palavras devem ser separadas umas das outras por espaços em branco; as orações devem ser pontuadas; as palavras necessitam de ortografia oficial. No entanto, deve ficar bem claro que tais exigências não constituem a qualidade principal de um texto escrito: saber grafar corretamente as palavras ou acentuar seguindo as regras não quer dizer que se escreva bem porque saber escrever é, antes de tudo, saber transpor com clareza e eficiência as idéias para o papel. É assim que se constrói um bom texto.

Dessa forma, tenha em mente:

1) Escrevemos para dar um testemunho de nossa existência e... eficiência, não apenas para tirar uma nota, passar num vestibular;
2) É preciso que leiamos o que escrevemos com o olho do outro, ou seja, autocrítica é fundamental;
3) Precisamos nos familiarizar com a escrita, e devagar colocarmos nossos pensamentos na forma desejada.

De dentro para fora...
Mas... de nada adiantará a você saber bem regras de ortografia, pontuação, acentuação, concordância verbal e nominal, se não tiver aquilo que pode chamar de "estofo", ou seja, sua redação só será boa caso se disponha a cuidar, antes de realizá-la, de seu intelecto. Não se escreve sobre aquilo que não se sabe. Portanto, disponha-se a ler jornais, revistas, livros, a observar o mundo e a verificar que verdades costumam ter dois lados. Reconheça de que lado está. Afinal, você já ouviu dizer que "Quem quer conhecer o gato deve levar em consideração também o ponto de vista do rato."

Leia bastante, discuta sobre o que leu, debata suas idéias, construa seu universo intelectual. Cresça, enfim, de dentro para fora. Invista em você, em sua criatividade, em sua capacidade de estar atento.

Escrever é decorrência do ato de pensar. Então, leia de tudo um pouco: filosofia, religião, política, bula de remédio, receita de bolo, história em quadrinhos, editoriais de jornais, notícias de assassinatos, out-doors, poemas, romances, resumo da sessão da tarde. Dessa forma, estará construindo seu lado de dentro, um universo muito mais rico, e buscando construir um discurso próprio, particular, marca de sua própria individualidade. Afinal, só escrevemos bem quando sabemos bem sobre o que vamos escrever.


Fonte: http://www.algosobre.com.br/redacao/as-diferencas-entre-fala-e-escrita.html

Frases!

"A única literatura honrada é a que pode melhorar o homem."
(José María Vigil)

"A literatura é a expressão da sociedade, assim como a palavra é a expressão do homem." (Louis Bonald)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Artesanato: Marcador de livro!


Olha que lindo!


Você sabe o que é BookCrossing?

BookCrossing é uma comunidade de leitores livre e sem fronteiras, criada em abril de 2001 pelo Ron Hornbaker. A idéia é simples: escolha um livro, cadastre-o no www.bookcrossing.com – a fim de obter um número de identificação (BCID) -, e, em seguida, liberte-o para novas leituras.



Ofereça-o a um amigo ou deixe-o num café, numa biblioteca, ou em qualquer lugar onde possa ser recolhido por alguém que o leia e, gentilmente, liberte-o outra vez. Cada novo leitor registra os seus comentários num diário de leitura online, assim todos os leitores podem acompanhá-lo em sua viagem pelo mundo.


Fonte: http://bookcrossing.sites.uol.com.br/indice.htm

Reading is cool!

Fonte: livroseafins.com

domingo, 12 de setembro de 2010

O pensamento vivo de Chaplin


Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não
pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar a todos se
possível , judeus, gentios... negros... brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos não são assim.
Desejamos viver a felicidade do próximo não para seu infortúnio. Por que temos de
odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é
boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém, desviamo-nos
dele. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do
ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticídios.
Criamos a época da produção veloz, mas nos sentimos enclausurados dentro
dela. A máquina, que produz em grande escala, tem provocado a escassez. Nossos
conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis.
Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos
de humanidade; mais do que de inteligência, precisamos da afeição e doçura! Sem
essas virtudes, a vida será de violência e tudo estará perdido...
(Discurso proferido no final do filme O Grande Ditador )
O que você acharam desse texto? Concordam com esse discurso?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Livro de Paulo Freire: Educação como forma de liberdade


Estou lendo um livro de Paulo Freire que se chama Educação como prática da liberdade.
Neste livro Paulo Freire diz que por meio de uma educação que torna os alunos seres críticos e ativos se muda uma sociedade.

É muito interessante como ele defende esse pensamento!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A Velhinha contrabandista

A velhinha contrabandista

autor: Stanislaw Ponte Preta

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava na fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha.


Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:


- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?


A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:


- É areia!


Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.


Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com moamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.


Diz que foi aí que o fiscal se chateou:


- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com quarenta anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.


- Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:


- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?


- O senhor promete que não "espáia"? - quis saber a velhinha.


- Juro - respondeu o fiscal.


- É lambreta.

Fonte: http://pt.shvoong.com/books/1647797-velha-contrabandista/

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Video de uma entreivista da autora Meg Cabot no Brasil!

Entrevista da escritora Meg Cabot!

Exclusivo VEJA.com - Literatura

Cada aparição da escritora Meg Cabot na Bienal do Livro do Rio, realizada entre os dias 10 e 20 deste mês, é um acontecimento. A histeria dos fãs - em sua maioria garotas de 14 a 19 anos - deve-se ao fato de a americana ser a autora de O Diário da Princesa, série que já vendeu 5 milhões de exemplares nos Estados Unidos e deu origem a dois filmes da Disney. No mundo, seus 50 títulos somam 15 milhões de cópias vendidas, incluindo 800.000 no Brasil. A cifra deve aumentar por aqui, com os lançamentos de Princesa para Sempre, décimo e último volume da série de sucesso, e do mangá Avalon High: A Coroação - A Profecia de Merlin, versão da autora para a lenda do rei Arthur. Na entrevista a seguir, a escritora de 42 anos explica como cria história para seus jovens leitores, confirma o apreço pela obra de Clarice Lispector (1920-1977) e revela o que pretende fazer nas horas vagas de sua estada por terras brasileiras.
A senhora declarou que sua adolescência é uma fonte de inspiração para suas histórias. Mas muita coisa mudou de lá para cá. Como fazer para se manter em sintonia com os jovens de hoje?
Realmente muitas das minhas histórias são baseadas em fatos da minha adolescência. É claro que as coisas mudaram desde então - na minha época, não havia celulares nem internet. Por isso, eu costumo conversar com os adolescentes: eu tenho amigos jovens e, no meu site, há espaço para que os leitores deixem mensagens, relatem seus problemas. Mas também não acho que as coisas mudaram tanto assim. Muitas das dificuldades que enfrentei - relacionadas a garotos, aos meus pais - ainda são atuais. O bullying, por exemplo, sempre existiu, mas agora há o cyberbullying. E a fofoca? A fofoca também sempre existiu.
Por que a senhora escolheu escrever para adolescentes?
Na verdade, eu não escolhi. O Diário da Princesa era originalmente sobre uma garota de 30 anos. Mas quando dei o livro para alguns amigos lerem, eles disseram que a história ficaria melhor se fosse sobre uma garota de 15 anos. Eles perguntaram: "Por que ela fica tão incomodada por sua mãe estar saindo com seu professor? Isso não faz nenhum sentido aos 30 anos!" (risos). Meu agente também disse que o livro seria ótimo para adolescentes. Mas eu ainda achei por muito tempo que era um livro para adultos sobre uma adolescente (risos). Aliás, aquela parte da história é autobiográfica. Minha mãe realmente saiu com um professor meu - e eu achei isso horrível (risos).
A responsabilidade é maior ao lidar com esse público?
Eu acho que as pessoas não dão muita atenção aos jovens. Mas eu dou. Acredito que são pessoas inteligentes e que, como os adultos, querem ser entretidos. Eu sempre escrevo meus livros pensando no que eu gostaria de ter lido quando era adolescente e nunca pensei em escrever de uma forma mais fácil porque meus leitores seriam crianças ou jovens. Até porque, hoje em dia, a maioria deles lida com situações adultas e sabe muito bem o que está acontecendo no mundo.
Os leitores jovens vêm impulsionando grandes sucessos editoriais. Por que isso está acontecendo agora? Eles eram desprezados pelos autores?Quando eu era adolescente, não conseguia encontrar livros cuja leitura realmente me desse prazer. Eu achava os livros muito deprimentes. Eles tinham um caráter mais educativo do que de entretenimento, sempre traziam "avisos" aos jovens. Os meus livros não são assim. Eu escrevo para proporcionar aos meus leitores um momento de diversão.
Os críticos costumam torcer o nariz para a chick lit - livros que tratam de temas do universo feminino, como roupas e homens: dizem que é pura água com açúcar. A senhora concorda com isso?
Eu acredito que chick lit é apenas um termo para que os vendedores de livros sejam capazes de categorizar as obras como "literatura para mulheres". Mas eu não ligo para isso! Os meus livros são para mulheres que estão tentando se encontrar e, no meio disso, deparam-se com o amor. Esse é o meu tipo favorito de história e sei que meus leitores também gostam delas.
Muitos desses romances para mulheres têm a busca do grande amor como motor. A senhora acredita que esse ideal ainda é o sonho feminino?
Eu acredito, mas acho também que isso não é realista. Primeiro, você tem que se encontrar - saber o que está fazendo neste planeta, qual vai ser o seu trabalho -, para depois encontrar seu grande amor.
A senhora já revelou que é fã da brasileira Clarice Lispector. Alguns críticos dizem que os textos dela têm uma dimensão que só pode ser compreendida por mulheres. Concorda com isso?
(Risos) Eu nunca havia pensado nisso, mas faz sentido. Coitados dos homens!
Além de trabalhar, o que mais a senhora pretende fazer em sua primeira passagem pelo Brasil?Ir à praia!

http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/meg-cabot-escrevo-divertir-jovens

domingo, 5 de setembro de 2010

Frase!

"É triste pensar que a natureza fala e que o género humano não a ouve."
(Victor Hugo)

Edgar Alan poe



por Pedro Luso de Carvalho
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Em trabalho anterior, tive a oportunidade de escrever, sucintamente, um texto sobre a vida e a obra de Edgar Allan Poe, a partir de sua Antologia de Contos, publicada pela Editora Civilização Brasileira, em 1959. Portanto, o realce foi dado a apenas um dos gêneros da literatura, explorado pelo célebre escritor norte-americano, o conto; mas, Poe também foi poeta e ensaísta brilhante, como se verá a seguir pela análise do escritor francês, Charles Baudelaire (1821-1867), autor de Fleurs du mal, Petits Poèmes em prose e traduções de Edgar Allan Poe.


Agora, a ênfase é para a poesia de Edgar Allan Poe. No texto que referi acima (Antologia de Contos), enfatizei o fato de que Charles Baudelaire aguardava as revistas norte-americanas que chegavam em Paris com a publicação dos contos e poesias de Poe. Sobre ele, assim se manifestou Baudelaire: “Como poeta Edgar Poe é um homem à parte. Representa quase sozinho o movimento romântico do outro lado do oceano. É o primeiro americano que, propriamente falando, fez do seu estilo uma ferramenta. Sua poesia, profunda e gemente, é, não obstante, trabalhada, pura, correta e brilhante, como uma jóia de cristal. Edgar Poe amava os ritmos complicados que fossem, neles encerrava uma harmonia profunda”.


Charles Baudelaire prossegue sua análise sobre os poemas de Poe, dizendo: “Há um pequeno poema seu intitulado “Os sinos”, que é uma verdadeira curiosidade literária; traduzível, porém, não o é; O Corvo logrou grande êxito. Segundo afirmam Longfellow e Emerson, é uma maravilha. O assunto é quase nada, e é uma pura obra de arte. O tom é grave e quase sobrenatural, como os pensamentos da insônia; os versos caem um a um, como lágrimas monótonas; No país dos sonhos tentou descrever a sucessão dos sonhos e das imagens fantásticas que assaltam a alma, quando o olho corpóreo está cerrado. Outros poemas, como Ulalume e Annabel Lee gozam de igual celebridade.


omo no texto Antologia de Contos, que referi acima, transcrevi o poema O Corvo, ao alcance, pois, de quem se interessar por sua leitura, para este espaço escolhi um desses poemas de Poe, referido e apreciado por Baudelaire:






ANNABEL LEE

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Edgar Allan Poe



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Há muitos, muitos anos, existia
num reino à beira-mar
uma virgem, que bem se poderia
Annabel Lee se chamar.



Amava-me, e seu sonho consistia
em ter-me para a amar.
Eu era criança, ela era uma criança
no reino à beira-mar;



mas nosso amor chegava, ó Annabel Lee
o amor a ultrapassar,
o amor que os próprios serafins celestes
vieram a invejar.


Foi por isso que há muitos, muitos anos,
no reino à beira-mar,
de uma nuvem soprou um vento e veio
Annabel Lee gelar.



E seus nobres parentes se apressaram
em de mim a afastar,
para encerrá-la numa sepultura,
no reino à beira-mar.


Os anjos, que não eram tão felizes,
nos vieram a invejar.
Sim! Foi por isso (como todos sabem
no reino à beira-mar)



que um vento veio, à noite, de uma nuvem
Annabel Lee matar.
Mas nosso amor, o amor dos mais idosos,
de mais firme pensar, podia ultrapassar.



E nem anjos que vieram nas alturas,
nem demônios do mar,
jamais minha alma da de Annabel Lee
poderão separar.


Pois, quando surge a lua, há um sonho que flutua,
de Annabel Lee, no luar;
e, quando se ergue a estrela, o seu fulgor revela
de Annabel Lee o olhar;



assim, a noite inteira, eu passo junto a ela,
a minha vida, aquela que amo, a companheira,
na tumba à beira-mar,
junto ao clamor do mar.


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Para ler outros poemas de Edgar Allan Poe, clique em: O Corvo, e, também, em: Ulalume. Você também pode ler o texto sobre a vida e a obra de Poe; basta clicar em: Antologia de Contos.



REFERÊNCIAS:
POE, Edgar Allan. Antologia de Contos. Trad. Brenno Silveira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1959.
POE, Edgar Allan. Dictionnaire Encyclopédique Pour Tous. 24ª tirage. Paris: Petit Larousse, 1966.
POE, Edgar Allan. Poemas e Ensaios. Trad. Oscar Mendes e Milton Amado. São Paulo: Editora Globo, 1999.




Fonte: http://panorama-direitoliteratura.blogspot.com/2008/02/edgar-allan-poe-annabel-lee.html

Livro: O quinze de Raquel de Queirós








O primeiro e mais popular romance de Rachel de Queiroz é O Quinze. O título se refere a grande seca de 1915, vivida pela escritora em sua infância. O romance se dá em dois planos, um enfocando o vaqueiro Chico Bento e sua família, o outro a relação afetiva de Vicente, rude proprietário e criador de gado, e Conceição, sua prima culta e professora.

Eu gostei muito desse livro mostra uma realidade triste, mas verdadeira. Eu recomendo!
Alguém mais já leu esse livro?

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Frases

"Adicionar à minha coleçãoNa coleção de 2972 pessoas
Mais InformaçãoPara conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos."

Sócrates


"Nenhum gesto de amizade, por muito insignificante que seja, é desperdiçado."

Esopo

Os 10 livros que marcaram os jovens por gerações

http://veja.abril.com.br/blog/10-mais/2010/02/04/os-10-livros-que-marcaram-os-jovens-por-geracoes/